terça-feira, 7 de abril de 2015

Azar

A roleta dos acasos me trouxe a vida.
Assim como os objetos e adornos,
a minha insignificância tem seu desejo de pertencimento.
O tempo que perpassa os dias um verme não tem começo nem fim.
Apenas vai se desvivendo ao longo do jogo.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Pulsão

Esta noite o filtro dos sonhos apanhou a morte.
O dia amanheceu mais doce em suas rotinas.
No percurso da estrada o corpo vivente aprecia as incertezas.
O gozo de sentir se dissolve na tarde.
Na madrugada em meu sono profundo fico a espera do desfiladeiro.

terça-feira, 31 de março de 2015

Senda

Na moenda dos teus signos,
sonhos são destroçados ,
pensamentos, extraídos.
O grão que restou da palavra

caiu-me ao colo.

Povoante

Ao recostar a cabeça sob a janela,
congelo a face
e miro em um ponto distante.
O turbilhão se move temendo a existência do tempo.