sexta-feira, 3 de abril de 2020

Mamon

El cachudo mira su propia cara, hasta haberse hecho en un agujero negro. Mientras el angel al contemplar un parasita siente enojado en sus entrañas. Dos seres maniqueos disfrazados, pero si, con la misma faz.

sexta-feira, 27 de março de 2020

A Ruinado Amor


(para você)
Ao longo da vida o atávico Amor se dissolve lentamente. Alimentado pelo cotidiano, vence então o tolerar; uma certa empatia, emaranhada de intimidades e desgostos.
Esse tal verbo Amar causa desconforto. É um miasma disforme que vai se desfazendo em cores  e sabores: amargo, apegado e intragável. Se arrasta pelo chão em raízes, vai sugando a seiva vermelha que resta dos sentidos e do corpo.
Ainda assim, em meio a esse “esmolar migalhas”, resta a Hospitalidade que se desponta soberana. Hospedar o Amar, isso sim é possível, em um quarto desarrumado, mas aconchegante; de janelas abertas e com relicários por todos os lados.  
O tempo amante que passou se transformou em hóspede, Ruina nostálgica de se contemplar.

sexta-feira, 13 de março de 2020

Vida peregrina

A vida é breve. Breve é a vida. Assim como o gosto fulgás do fel quando nos toca a língua; também é o doce que entorpece a serotonina.
Bendito é o tempo que a tudo e a todos desampara e também anima. As horas passam e fatos e acasos vão e vem.
Nada é estático, imutável. A roda do ânimo é assim; outras vezes abaixo outras vezes acima.
Ai de quem pense que nada se sublima.
A arte de se escrever é um descortinar da mente atrevida.

quinta-feira, 5 de março de 2020

Marca Texto

Palavra é mato. É terreno baldio, terra de ninguém.
O texto é como grama, que marcado pelas pegadas dos seres vai se tornando desenho.
Minha escrita é sincera, é bicho que se acasala, é instinto, é mandala; colorida a giz de cera.
Cada espaço é pintado por cores de letras.
Assim é a vida, transformada pelo fato dos acasos.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Azar

A roleta dos acasos me trouxe a vida.
Assim como os objetos e adornos,
a minha insignificância tem seu desejo de pertencimento.
O tempo que perpassa os dias um verme não tem começo nem fim.
Apenas vai se desvivendo ao longo do jogo.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Pulsão

Esta noite o filtro dos sonhos apanhou a morte.
O dia amanheceu mais doce em suas rotinas.
No percurso da estrada o corpo vivente aprecia as incertezas.
O gozo de sentir se dissolve na tarde.
Na madrugada em meu sono profundo fico a espera do desfiladeiro.